Nesta quinta-feira (11), a Polícia Federal Deflagrou a quarta fase da Operação Última Milha, que investiga o uso clandestino da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Quatro prisões foram cumpridas.
Ao todo foram expedidos 5 mandados de prisão preventiva e 7 de busca e apreensão, expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Esses mandados foram cumpridos em Brasília (DF), Curitiba (PR), Juiz de Fora (MG), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
Ainda segundo a PF, nesta fase, as investigações revelaram que membros dos três poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo. Eles teriam criado perfis falsos e a divulgaram informações sabidamente falsas.
Também foi identificado que a organização criminosa acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.
Alvos da operação
Quatro alvos da operação foram presos. São eles:
- Mateus Sposito, que foi assessor no Ministério das Comunicações no governo Bolsonaro e é suspeito de também atuar para o “gabinete do ódio”;
- Richards Pozzer, que divulgava notícias falsas em suas redes sociais e chegou a publicar ataques contra senadores da CPI da Covid;
- O policial federal Marcelo Bormevet, que foi levado para a Abin por Ramagem para comandar um órgão de inteligência;
- O militar do Exército Giancarlo Gomes Rodrigues, que trabalhava na Abin subordinado a Bormevet
O quinto mandado de prisão é contra Rogério Beraldo de Almeida, influenciador que divulgava notícias falsas nas redes sociais.
Já o ex-assessor do Palácio do Planalto José Matheus Sales, apontado como um dos principais integrantes do “gabinete do ódio”, foi alvo de busca e apreensão. Outro investigado é o assessor Daniel Ribeiro Lemos, que trabalha para um deputado do PL.