Bandeirantes/MS, 20 de maio de 2024

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Caso raríssimo: idosa de Mato Grosso do Sul viveu décadas com feto mumificado no útero

Uma idosa de 81 anos morreu no último sábado (16), após passar décadas com um feto mumificado dentro do útero. Ela e a família só descobriram a situação na semana passada, quando a idosa apresentou problemas de saúde e precisou ser hospitalizada com diagnóstico preliminar de AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Indígena e moradora de um assentamento em Aral Moreira, cidade distante 376 km de Campo Grande, a idosa não tinha o hábito de realizar consultas ou exames médicos. Neste mês, ela teve três quedas em casa e passou a sentir dores abdominais, que evoluíram nos últimos dias.

Na semana passada ela recebeu atendimento na unidade de saúde de Aral Moreira, mas precisou de internação. A secretária de saúde do município, Adriana Batista contou ao Jornal Midiamax que a idosa apresentava fraqueza, diabetes e desconforto respiratório.

“Ela apresentou um quadro de AVC, demos suporte aqui no município e pedimos transferência para Ponta Porã, onde há mais recursos em saúde. Quando ela foi estava em coma e precisou ser entubada”, conta a secretária que só soube das informações sobre o feto posteriormente.

Caso raríssimo de feto mumificado

A família da idosa não sabe afirmar quanto tempo o feto ficou no útero da indígena, mas estima-se em torno de cinco décadas devido à idade dela. Em Ponta Porã, a idosa ficou internada na UTI do Hospital Regional, onde exames de imagens identificaram o quadro grave.

Ela deu entrada na quinta-feira (14) no hospital, foi operada na sexta-feira (15) para retirada do feto do útero e morreu no sábado (16). O Hospital elabora uma nota oficial sobre o assunto e afirma que, até o momento, prezou pelo sigilo do caso.

O caso raríssimo foi identificado pela equipe médica do Hospital Regional de Ponta Porã e deve ser tema de um artigo científico. De acordo com o hospital, a equipe médica se interessou em estudar o caso.

Sobre a morte da idosa, o hospital afirma que o quadro de saúde dela era delicado devido a agravantes como diabetes. O sepultamento ocorreu em Aral Moreira.

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