Na largada, apenas o candidato do Democracia Cristã ficou pra trás
Começou a campanha eleitoral suplementar em Bandeirantes, cidade distante 81 km de Campo Grande. As primeiras ações dos candidatos à cadeira do Executivo municipal envolveram adesivaços, participação em festas populares e visita a residências na busca por votos. Os três candidatos, Flávio Paiva (DC), Tatiane Miyasato (MDB) e Celso Ribeiro Abrantes (PSD) terão 26 dias de propaganda, das quais 20 poderão ser inseridas em rádio e televisão. Na largada, apenas o candidato do Democracia Cristã ficou pra trás.
A agenda da emebedista Tatiane Miyasato no sábado (14), primeiro dia de campanha, incluiu ativação da comunicação nas redes sociais com conteúdos que destacam sua intimidade com o município. “Filha de Bandeirantes, criada aqui, onde construí a minha família e a minha vida”, destaca a professora, que já foi vereadora e disputou a última eleição como vice-prefeita ao lado do então prefeito eleito Álvaro Urt — ele teve candidatura indeferida na Justiça. À noite, Miyasato participou de festa junina e aproveitou para estar perto da população.
Já Celso Ribeiro Abrantes (PSD) amanheceu com o pé na rua. Era cedo quando já estava na casa de eleitores conversando e pedindo voto. Os registros também serviram de ativação nas redes sociais. Abrantes representa a maior ameaça à campanha emebedista. Ele ficou em segundo lugar na eleição de 2024. Ainda ontem, o candidato mobilizou apoiadores em caminhada e adesivaço para marcar o início da corrida pelos votos.
Flávio Paiva é o único que até o momento não divulgou qualquer material de campanha nas redes sociais. Em perfil do Instagram pouco utilizado, a última postagem de 16 de junho de 2022 destaca a concessão de homenagem por meio do mandato da então vereadora, hoje oponente de campanha Tatiane Miyasato, ao ex-secretário de saúde Gilvan Gonçalves.
Apesar de estreiante na política, Flavio já teve a esposa, Milane Belli de Lana Paiva, como vereadora de Bandeirantes em 2008. De lá pra cá, ela disputou eleições para deputado estadual, federal, novamente para vereador, prefeito e tentou a prefeitura novamente na eleição suplementar, em 2020. A candidata contou com apoio do deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB).
Derrota na Justiça
Bandeirantes vive um dilema. Após infrações político-administrativas cometidas entre 2016 e 2020, Álvaro Urt foi, pela segunda vez, impedido de assumir o comando da cidade, mesmo tendo recebido 2.087 votos, liderando a disputa pela prefeitura.
A última decisão veio em 29 de maio, quando o Plenário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) julgou o recurso imposto por Urt que tentava reverter sua inelegibilidade e assumir o mandato. Urt recebeu a maioria dos votos para assumir o Executivo nas eleições de 2024; contudo, teve candidatura indeferida por inelegibilidade.
O relator do recurso foi o ministro André Mendonça, e os demais ministros acompanharam e votaram contra o recurso. Esta foi a segunda vez que ele venceu uma eleição, mas não pôde tomar posse.
Desde o início do ano, Marcelo Abdo, então presidente da Câmara de Vereadores, assumiu interinamente a cidade. Ao Midiamax, no início do ano, Abdo relatou desafios significativos na transição tardia.