Em documento à PGR, ex-ministro Paulo Pimenta alegou haver risco de fuga do país e pediu uso de tornozeleira eletrônica por Jair Bolsonaro
Ex-ministro da Secom de Lula, Paulo Pimenta (PT) enviou, nesta sexta-feira (21/2), um pedido ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, para que Jair Bolsonaro (PL) passe a usar tornozeleira eletrônica, após ser denunciado ao STF.
No pedido, Pimenta argumenta que Bolsonaro pode, na avaliação do ex-ministro, buscar refúgio em uma embaixada à medida que avançarem as investigações que implicam o antigo chefe do Palácio Planalto em uma tentativa de golpe de Estado.
“Informações divulgadas pela imprensa revelam indícios de uma possibilidade de fuga, por Jair Bolsonaro e seus aliados, com o objetivo de evitar eventual responsabilização penal. Consta, ainda, a possibilidade de o ex-presidente buscar refúgio em embaixadas estrangeiras para evadir-se de uma eventual ordem de prisão, o que evidencia risco concreto à aplicação da lei penal”, diz Pimenta no ofício obtido pela coluna.
Como noticiou a coluna, em uma reunião fechada com deputados aliados na quarta-feira (19/2), Bolsonaro afirmou que não há possibilidade de deixar o Brasil, mesmo com o risco de ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Para aliados, Bolsonaro ressaltou que não deixará o país e continuará lutando para provar sua inocência. O ex-mandatário afirmou ainda que, se fosse culpado, já poderia ter procurado refúgio na Argentina ou nos Estados Unidos.
À coluna, Bolsonaro ainda confirmou que não tem “plano de fuga” e que provará sua inocência no STF.“Não tenho plano de fuga. Sou inocente”, afirmou o ex-presidente na manhã desta sexta.
Segundo a delação do tenente-coronel Mauro Cid, cujo sigilo foi derrubado na quarta-feira pelo ministro Alexandre de Moraes, o senador Magno Malta (PL-ES) teria sugerido Bolsonaro que deixasse o país após as eleições de 2022.
